quinta-feira, 22 de julho de 2010

Etiqueta

Ter um bom comportamento é característica priorizada pela etiqueta, independente se você seja uma pessoa sofisticada ou não. Alguns hábitos são necessários para tornar o ambiente mais agradável e também minimizar a ocorrência de constrangimentos.

A etiqueta deve ser utilizada em todos os momentos. Pequenas atitudes tornam o seu comportamento digno e diferenciado. Há situações que exigem um pouco mais de atenção, principalmente quando se trata de eventos refinados, então será preciso conhecer algumas regras básicas de como se portar.

Dicas básicas:

Uma mesa bem posta é aquela que deixa o convidado à vontade para saborear os pratos sem ter que ficar cruzando as mãos por cima do prato à procura dos talheres. No dia-a-dia, a mesa é posta com mais simplicidade, porque o cardápio é simplificado. Já nos dias de festa, em que as iguarias se sucedem, o aparato é maior.

Obs.: Para receber, arrume da seguinte maneira os convidados à mesa:

O anfitrião e a anfitriã deverão sentar-se à cabeceira da mesa;
O convidado de honra fica sempre à direita da anfitriã, e a convidada, à direita do anfitrião. Para que as pessoas fiquem entrosadas, os outros casais deverão ficar separados, tendo-se o cuidado de colocar próximas pessoas que tenham alguma afinidade.

Lugar:
Ao sentar-se à mesa no lugar que lhe foi indicado, o convidado pode logo tirar o guardanapo do prato e colocá-lo em posição, mas não pode começar a se servir antes do anfitrião ou da anfitriã, e antes que os convidados já estejam em boa parte servidos. Em uma mesa de menos de dez pessoas, espera até que todos estejam servidos para começar a comer. Tratando-se de longas mesas com várias dezenas de convivas, espera que perto de dez estejam servidos, para começar.

Talheres:
Ao ver o grande número de talheres colocados na mesa junto ao prato, a pessoa pode recear se confundir. Mas há uma regra geral bem simples. O talher a ser usado é o que está mais afastado do prato. Alguns talheres poderão ser retirados pelo garçom ou substituídos por outro de modelo diferente, e isto dependerá do prato escolhido para a refeição. Porém ele os colocará na mesma ordem. Apesar dessa regra simples, é conveniente a pessoa procurar conhecer os vários tipos de talheres e a quais pratos seu uso se relaciona, a fim de poder proceder com mais desembaraço. Quanto ao seu manejo e posições de descanso. De qualquer forma se você não tiver com prática em manusear os talheres e os copos, o que pode ser aconselhado é que na dúvida observe discretamente o anfitrião a manuseá-lo.
Ao mesmo tempo, se você é um grande conhecedor de etiqueta, nunca chame a atenção dos anfitriões ou de convidados que estejam participando da refeição, proceda naturalmente fazendo o correto.

O uso dos talheres segue, normalmente, as normas da etiqueta européia:
- garfo sempre na mão esquerda, faca na direita;

- faca só se usa para cortar;

- legumes, croquetes ou tortas não devem ser cortados, mas partidos com o garfo;

- quando garfo e faca não estiverem sendo usados, devem ser colocados sobre o prato, e nunca com o cabo apoiado na mesa;

- terminada a refeição, coloque garfo e faca lado a lado, sobre o meio do prato no sentido vertical.

Bebidas:

Um jogo de cristal mais fino dá brilho à mesa. O ideal é que todos sejam do mesmo material e modelo: copo de água, de vinho tinto e de vinho branco. A preferência por cálices de pés altos tem uma explicação: como a mão não toca diretamente o copo, mantém-se melhor a temperatura do vinho.
Além dos copos que vão à mesa, um serviço de cristal deve ter copos para outros tipos de bebida: cerveja, conhaque, uísque, champanhe, licor. E, se quiser, acrescente: cálices para vinho tipo Porto, xerez e copo para caipirinha.
Com exceção dos copos para caipirinha e cerveja, os demais copos devem ter bordas finas, para não alterar o sabor e textura das bebidas.
Água, sucos e refrigerantes devem ser servidos sempre em jarras de vidro ou prata, nunca em garrafas.

A ordem é simples: garfos e facas ficam nos lados correspondentes às mãos que vão utilizá-los para cortar, não para comer. O garfo, seguro na mão esquerda, retém a peça que é cortada com a faca segura na mão direita. As pessoas destras mudam o garfo de mão, passando-o para a direita, para levar o alimento à boca, e deixam a faca descansando sobre a borda superior direita do prato (fig. 3), enquanto comem. Quando vão cortar novamente a peça de alimento, fazem voltar o garfo para a esquerda e utilizam a faca com a mão direita.

O procedimento acima descrito é o que é usado no Brasil e na maioria dos países da América do Sul e do Norte, e da Europa, salvo a França e os países de influência cultural francesa. Na França e nos países de cultura francesa o garfo fica na mão esquerda não apenas quando se corta a carne ou outro alimento, mas também para comer, com uma particularidade a mais. Mostrando grande habilidade, os franceses conseguem equilibrar a comida sobre o ado convexo do garfo! Gastam um tempinho arrumando a montanhazinha de comida no lado inverso do garfo, seguro pela mão esquerda, com o auxílio da faca segura pela mão direita. Portanto, para imitar os franceses, não basta comer com a mão esquerda: é preciso também saber utilizar o garfo com o lado convexo para cima.

A disposição dos talheres junto ao prato, e a posição dos copos e do pratinho de pão seguem o esquema da
figura 1. A arrumação dos talheres deve ser feita em conformidade com o cardápio a ser servido, por exemplo: se você não for servir ostra ou peixes, não há necessidade de colocar esses talheres. Ou se o prato foi somente peixe, não precisa colocar talheres de carnes

Observações:

Uma refeição completa compreende vários pratos e esta é a razão de tantos talheres, e de eles variarem de forma e tamanho. Imaaginem que estão dispostos os talheres para um almoço ou jantar informal de quatro pratos: a ostra como aperitivo, uma sopa ou caldo como entrada, o primeiro prato e o prato principal. Os copos são para água e duas qualidades de vinho. A ordem dos talheres e dos copos é a mesma em que os pratos serão servidos: os primeiros talheres a serem usados são os mais afastados do prato.
O pequeno garfo de três dentes é o usado para comer ostras; a colher, para a sopa; a faca e o garfo mais externos serão para o primeiro prato, geralmente uma carne branca como peixe ou frango. Se for peixe, esse jogo de talheres será trocado pelo que é próprio para comer peixe.

A faca e o garfo mais próximos do prato são para o prato principal. Os demais talheres e utensílios são a faca de manteiga; o guardanapo; o sous plat ou prato de serviço; o prato de pão; e os copos, o de pé maior, para água;. o copo médio para o vinho tinto que acompanha o prato principal;. e o copo de pé menor, para o vinho branco que acompanha o primeiro prato. O prato de serviço ou sous-plat funciona como uma bandeja para os pratos de refeição. Sobre ele é colocado o prato de sopa e, na seqüência, o primeiro prato e o prato principal. É removido junto com este último, antes da sobremesa.
O talher usado nunca é deixado sobre o forro da mesa. Nos intervalos em que não está a ser usada, a faca é deixada obliquamente em dois pontos de apoio sobre a borda, na posição da corda de um arco, a ponta para o lado mais afastado do prato e o cabo na borda direita.
Se você descansa ambos os talheres por algum motivo, como para usar o guardanapo, partir o pão, etc., o garfo é colocado fazendo um triângulo com a faca, esta na posição oblíqua já descrita da corda de um arco de flecha, e o garfo direcionado para a frente, com o cabo voltado para você.

Durante uma troca de pratos, ou se a pessoa estende o prato para facilitar ser servida, deve reter consigo os talheres. Existem vários tipos de descansos para talheres, em metal e mesmo esculpidos em ágata, para serem usados nesse momento. Se não houver descansos para talheres, segure-os juntos, na mão esquerda., em posição horizontal ao nível da mesa, e não na vertical.
É o que aconselho porque me parece igualmente ruim sujar o sous plat ou prato de serviço com alguma particula ou gordura dos talheres.O que nesse caso se aplica aos talheres, aplica-se também aos pauzinhos, na comida japonesa. Porém, como os pauzinhos são redondos, o descanso é côncavo, na forma de lua crescente; para os talheres ele pode ser horizontal, mas o modelo arqueado é mais seguro para evitar que as peças caiam sobre a toalha.

Ao terminar uma refeição, a pessoa deixa o garfo e a faca unidos em paralelo, dentro do prato, com os cabos apoiados na borda do lado direito, aproximadamente na direção 4:20 horas. A etiqueta recomenda que o lado cortante da faca esteja voltado para o interior do prato e o garfo com os dentes para cima. É considerado reprovável deixar os talheres inclinados, com as pontas apoiadas nas bordas, do lado de fora e de cada lado do prato, como as asas abertas de uma ave. Os talheres de sobremesa são trazidos à mesa junto com o prato de sobremesa.
Mas podem também ser deixados na mesa desde o início da refeição, colocados logo acima do prato de serviço, linearmente entre o pratinho de pão (ou de manteiga) e os copos. Os cabos da colher e da faquinha de sobremesa são voltados para a direita e o cabo do garfo para a esquerda.

A taça da sobremesa terá por baixo seu próprio prato de serviço. Neste caso, a colher utilizada é deixada, ao final, sobre esse prato de serviço, e não na taça em que a sobremesa foi servida.

Importante:
Não colocar os cotovelos sobre a mesa é um preceito bastante conhecido. Cotovelos sobre a mesa enquanto mastiga, principalmente com o garfo e a faca nas mãos, compõem uma péssima postura à mesa. Apenas as mãos e os punhos podem apoiar-se sobre a mesa enquanto a pessoa come. Ao utilizar a faca e o garfo para cortar, mantenha os cotovelos próximo do corpo, para evitar tocar o vizinho de mesa Após os discursos e brindes, se houver, ou se não, a partir da sobremesa, durante o cafezinho e os licores, é tolerável uma postura menos formal e a atitude pode ser um pouco mais à vontade.

É necessário também, saber falar enquanto se está comendo. Não falar com a boca cheia, não mastigar com a boca aberta e não mastigar ruidosamente são também preceitos bastante conhecidos. Poucas palavras e frases curtas quando se tem comida na boca, e interromper a refeição quando tiver que ser mais extenso, deve ser a regra. Falar enquanto come pode induzir a pessoa a engolir muito ar, resultando dores no estômago e no peito, além de outros inconvenientes. A pessoa deve manter os talheres na mão enquanto fala: garçons inexperientes costumam retirar o prato de quem descansa os talheres enquanto fala.

Está obviamente despreparada para comer em companhia de outras pessoas aquela que mete o dedo na boca para limpar entre os dentes com a unha, limpa o nariz no guardanapo ou a boca no forro da mesa, e comete outras imprudências repulsivas à mesa. Não pegue indiscriminadamente com os dedos nem cuspa no guardanapo partes não comestíveis do que foi levado à boca. A regra geral é: do mesmo modo que se levou um alimento à boca, é retirada da boca qualquer sobra dele que se precise remover. Se uma fruta é comida com as mãos, sem uso de talher, então o caroço dessa fruta, ou qualquer parte indesejável que tenha que ser retirada da boca, será apanhada com os dedos. O que se leva à boca com um garfo (por exemplo, a carne), retira-se (por exemplo, um pedaço de nervo ou de cartilagem) passando da boca ao garfo e deste a um canto do prato; o que se leva à boca com a colher, retira-se passando para a colher. Em qualquer desses casos busca-se proteger o gesto fazendo-se concha com a outra mão. O caroço, a cartilagem, a espinha de peixe, casca, etc., retirados da boca são deixados em um canto do prato em que se come, e não no pratinho de pão, nem no "sous-plat". Mas, atenção: espinhas de peixe, por exceção, são removidas com os dedos.

Cabelos presos para não caírem pontas sobre o rosto e o prato, unhas limpas ao segurar os talheres para comer, pouco batom para não manchar os copos nem deixar marcas notórias no guardanapo, são cuidados que se deve ter ao participar de uma refeição, ainda que seja informal ou da rotina diária, e inclusive no lar.

A roupa que a pessoa está usando deve ser a apropriada para o evento de que participa. Nunca se usa boné, chapéu ou camisa sem mangas à mesa da refeição. Mesmo em um quiosque na praia a pessoa que tem um mínimo de consideração com seus amigos e amigas coloca uma lusa ou camisa leve para uma refeição à mesa. O mesmo vale para a refeição com a família, no recesso do lar.

Soprar a sopa quente, ou tomar ruidosamente qualquer líquido é reprovável. Se faz involuntariamente qualquer ruído (tosse, regurgitamento, etc.), a pessoa não precisa fazer mais que pedir desculpas aos seus vizinhos de mesa. Telefones celulares devem ser desligados e religados somente após a pessoa deixar a mesa. Se precisa manter seu aparelho ligado, a pessoa deve deixá-lo sobre algum ponto próximo à mesa e pedir desculpas e levantar-se quando precisar atendê-lo.

Após participar de um jantar ou festa a que foi convidado(a), sempre envie no dia seguinte uma mensagem de agradecimento ou telefone para comentar e cumprimentar a anfitriã pelo que você puder elogiar do evento.

Arrumação da mesa:

Sousplat, prato raso, prato de sopa e, um pouco acima, à esquerda, prato para pão.

- Talheres (da direita para a esquerda): colher de sopa, faca de peixe e faca de mesa;(da esquerda para a direita): garfo de peixe e garfo de mesa;
(parte superior do prato): garfo de sobremesa virado pata à direita, e acima, colher de sobremesa virada para esquerda.

- Guardanapos: sobre o prato raso ou à esquerda dos garfos (no caso de ser servida sopa ou uma entrada).

- Copos (da esquerda para a direita, acima das facas): água, champanhe, vinho tinto e vinho branco.

- Centro de mesa: um arranjo de flores enfeita a mesa, mas deve ser suficientemente baixo para não atrapalhar a visão dos convidados.

- Saleiro e pimenteira: ficam distribuídos ao longo da mesa, contando-se um jogo para cada quatro ou cinco convidados.

- Café: o ideal é servi-lo quando os convidados estiverem acomodados na sala de estar, após o café, serve-se o licor.

Pesquisa: www.cezarliper.com.br

Saiba montar uma mesa de queijos e combinar com os vinhos:

Escolha pelo menos cinco tipos, entre os de sabores suaves e mais fortes. No entanto, evite servir mussarela, queijo prato ou queijo-de-minas e também provolone e parmesão. Os três primeiros são muito comuns para um evento temático com queijos e vinhos e os dois últimos, muitos fortes e podem atrapalhar a degustação dos outros tipos e também da bebida.
Sirva-os sobre tábuas, sem fatiar ou cortar em pedaços pequenos. Deixe que cada convidado corte os queijos, e apenas garanta que cada tipo tenha sua própria faca para não misturar os sabores.
Pães são complementos ideais e frutas também são bem-vindas. Além de combinar com alguns queijos, ajudam a limpar o paladar para experimentação de novos sabores. Uvas e maçãs são as preferidas dos especialistas. Frutas secas também são boas opções. E não se esqueça de deixar água à disposição dos convidados.
Em geral, queijos de casca dura combinam com vinhos tintos e queijos frescos vão melhor com os brancos. E quanto mais cremoso o queijo, mais acidez o vinho deve ter.
Não é pecado mortal servir um único vinho durante toda a reunião, mesmo tendo vários tipos de queijos à disposição. Nesse caso, escolha um que não seja muito maduro nem muito suave.
Os assim denominados, feitos a partir da maturação de fungos, como o gorgonzola, roquefort, stilton, maytag, combinam com vinhos mais doces, para quebrar o sabor rico, forte e salgado. Escolha um recomendado para acompanhar sobremesas, tinto, um branco de Sauternes ou vinho do Porto.
Vinhos brancos leves, como o riesling ou chardonnay, acompanham bem mussarela ou mascarpone. Vinho rosés também são opções.
Os mais conhecidos são o brie, chamois d'or e camembert que vão melhor com vinhos brancos, do tipo chardonnay. Quem preferir a companhia de um tinto pode optar por vinho pinot noir.
A companhia para a versão feita com o leite do animal são os vinhos produzidos com a uva sauvignon blanc. A escolha vale para também para o tipo feta, feito com leite de cabra e de ovelha, e os mais famosos como os de rocamadour e valençay.
São os de pasta mole e semidura que passam por lavagens periódicas durante o processo de cura ganhando, assim, sabor mais suave. Há inúmeros tipos, como pont l’êveque, taleggio, livarot, époisses, maroilles ou munster que vão bem com vinhos feitos com a uva syrah. Tintos suaves e brancos secos também podem ser boas opções.
Reblochon, port-salut, saint-nectaire, saint-paulin combinam com vinhos tintos, que podem ser da versão cabernet sauvignon, malbec ou pinot noir. A única regra é que não devem ser muito tânicos, ou seja, transmitir aquela sensação de acidez ao descer pela garganta.
O famoso queijo português feito com leite de ovelha pode ser combinado com um vinho do Porto ou com outros do mesmo país, sempre tintos.
Mais duros e geralmente usados como complementos em refeições, podem ser consumidos com vinhos do tipo pinot gris ou pinot grigio.
De paladar fácil, como emmental, gruyère, maasdame, fol epi, gouda, costumam agradar a todos. As melhores companhias são vinhos brancos doces, como os chardonnays. Mas é possível servir também com pinot noir ou vinhos da região da Borgonha, sejam tintos ou brancos.
Fondue : Prefira os brancos ácidos, como os suíços, gregos, austríacos ou os feitos com a uva sauvignon blanc da Nova Zelândia



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